sexta-feira, 23 de novembro de 2012

TAKE #3 - FRANKENWEENIE


 

 
Sparky, em grande plano e com um ar “Frankensteniano”


O novo filme de Tim Burton retrata a história de um menino, Victor Frankenstein (Charlie Tahan), e do seu cão, Sparky.
Victor é uma tímida criança, interessada por cinema e Ciência e com uma relação muito especial com o seu cão. Um dia, inesperadamente, Victor perde o seu melhor amigo, recorrendo aos seus conhecimentos científicos para o (tentar) trazer de volta à vida. Tal tarefa não se afigura fácil, mas após o conseguir com “relativo” sucesso, Victor tenta encobrir a sua criação, mas não conseguindo controlar todos os passos de Sparky, a façanha pessoal do tímido menino torna-se do conhecimento geral da população local, a quem não agrada particularmente o regresso ao mundo dos vivos da mascote tanto como a Victor.
Frankenweenie não está ao nível de “The Nightmare Before Christmas” nem de “The Corpse Bride”. No entanto, estas são obras maiores de Tim Burton, pelo que à partida tal tarefa se afigurava complicada.
Ainda assim, Frankenweenie é um bom filme, ternurento, e com um grande coração, mantendo, por outro lado, os traços macabros e bizarros da maioria das obras de Tim Burton.
A animação em stop motion é perfeitamente adequada para a natureza deste conto e assenta que nem uma luva. Contudo, a presença do 3 D neste filme é absolutamente desnecessária, não se justificando, de modo algum, o epíteto “3 D”.
Tim Burton homenageia, ainda, grandes inspirações suas do passado, como Godzilla, o Lobisomem e Drácula, notando-se particularmente na segunda metade do filme.
É de referir, ainda, a presença de inúmeras referências ao conto original de Frankenstein, nomeadamente na parte final, como a cena do moinho ou a perseguição a Sparky.



A ternura e amizade entre Victor e Sparky é uma constante ao longo de todo o filme
 

Após ter sido despedido da Disney no passado, ainda um ilustre desconhecido, precisamente com Sparky, Tim Burton regressa a esta personagem com toda a liberdade, agora com um estatuto e liberdade que ninguém ousa questionar, trazendo-nos um filme ternurento, peculiar, bizarro, macabro, mas sobretudo com um coração enorme e que tanto proporcionará, de um momento para o outro, situações de riso como momentos de profunda tristeza.
 
                CLASSIFICAÇÃO – 7,5/10
 
                Realização – Tim Burton
                Casting – Charlie Tahan
     Catherine O’Hara
                               Martin Short
                               Martin Landau
                               Wynona Rider
                Género – Animação
                Duração – 80 minutos  
 
 
Termino esta TAKE com, na minha opinião, uma das melhores obras de Tim Burton, “The Nightmare Before Christmas” e uma sugestão acabada de estrear em Portugal, de outro senhor da realização: Clint Eastwood e o seu “Trouble With The Curve”.

 
 
The Nightmare Before Christmas
 
 
 
 
 
Trouble With The Curve
 
 
 
Até lá,

Rui


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